As nossas atividades organizam-se, basicamente, em uma “costura de quatro retalhos”, que são eles:

1) Pé de Muleke

Essa atividade consiste em apresentar através de danças, brincadeiras, jogos e brinquedos presentes em práticas como as do jongo, da capoeira angola, da ciranda, do coco de roda e entre outras de matriz africana, um repertório que possibilite o participante a conhecer aspectos das culturas afro-brasileiras. Subsidiando conteúdos e estabelecendo diálogos que fortaleçam a implantação da lei e a presença de práticas educativas afro-brasileiras em seus espaços de atuação.

2) Muleke é tu

A atividade inspira-se em uma famosa cantiga presente nas rodas de capoeira, para propor o desenvolvimento de práticas musicais presentes em diferentes manifestação populares como, o samba, os afoxés, os cocos, o jongo, as cirandas e a cantigas de roda. Exploraremos diferentes aspectos dos cantos que estão presentes nas tradições afro-brasileiras e de outras práticas populares como as toadas, os pontos, as ladainhas, as cantigas de roda, os improvisos e entre outros.  Apresentaremos também os ritmos relacionados às formas citadas acima. Assim utilizaremos diferentes instrumentos e ensinaremos ao participante fabricar seu próprio instrumento percussivo.

3) Seu Mulequinho

Esse retalho que compõe a nossa colcha, traz em seu nome a referência a um ilustre protagonista da cultura popular brasileira e referencial de cidadão negro: jongueiro, sambista e um dos fundadores da escola de samba Império Serrano. Nomeamos essa atividade inspirados nessa importante figura, nos propondo trabalhar com as narrativas e memórias que relatam diferentes histórias que se relacionam as questões aqui tratadas. Passarão por esse momento histórias desde Besouro Mangangá, antigos jongueiros da Serrinha, as maltas de capoeira, Madame Satã, até a recentes produções literárias do campo das relações étnico-raciais como o Cabelo de Lelê, Chuva d Manga e entre outros.

4) Mulekada
É o resultado de pesquisas e intervenções educativas desenvolvidas em escolas públicas do Rio de Janeiro e outros espaços, transformando em filme histórias do cotidiano e de diferentes sujeitos sociais. Consiste-se na exibição de curtas e animações que dialogam com as temáticas das relações raciais e das culturas afro-brasileiras. Junto à exibição acontecem debates sobre os filmes e apresentação de passo a passo da produção.